A MELHOR CATEQUESE É AMAR

“Jesus disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.” - João 21, 17.
A MELHOR CATEQUESE É AMAR - Alda Maria Anjo Henriques
Alda Maria Anjo Henriques Catequista, Paróquia de Minde 26-02-2024

Quando era criança, sofri muito na escola. Sempre achava que ninguém gostava de mim devido à minha figura física e maneira timida. Senti isso, até da minha própria família. Assim, eu comecei também a não gostar de mim.  Mas, quando percebi que Deus é amor e que Ele me ama incondicionalmente, abracei com todo o coração a minha missão. Isso me levou ainda a maior conclusão de quão grande é o amor de Deus por nós, e me curou pouco a pouco. Comecei a aceitar-me como sou. Notei o amor de muitos, que sempre duvidei não ter. E entreguei-me a ser seu instrumento de amor através da catequese.

Isto começou quando, em 1995, fui convidada por uma colega de trabalho a integrar-me no grupo de catequistas da minha paróquia. No início, duvidei muito de mim porque de tantas pessoas com melhores estudos, mais saberes e talentos do que eu, Deus me escolheu para esta missão. Contudo, comecei a minha formação na escola de catequistas da diocese de leiria-fátima. Frequentei também a oficina de oração, que me ajudou muito a compreeder o sentido da minha vida, do porquê da minha existência e porque Deus me chama a esta missão de ser catequista.

Desde o início, já tinha paixão pela catequese. Lembro-me muito bem que quando frequentava a catequese, mal esta acabava, ia logo para a minha prima, que não ligava nada à catequese e dava-lhe uma espécie de catequese, partilhando tudo o que aprendi na catequese.  Desde pequena, sentia que tudo o que aprendia sobre a fé, a Igreja e Jesus era para partilhar com os outros, porque é algo que nos dá alegria e esperança. 

Ser catequista é uma grande missão. Já sou catequista há 29 anos e sei que não é fácil, mas é gratificante saber que conseguimos transmitir a fé às novas gerações. Neste momento, continuo a abraçar esta missão porque há cada vez menos quem se disponham para esta missão. Peço ao Senhor que toque os outros como me tocou a mim, a descobrir a beleza desta missão. Porque estou convencido que a catequese é algo que deve continuar enquanto houver crianças e até adultos, que precisam de ouvir a Jesus e merecem também conhecer a Deus-Amor.